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segunda-feira, março 10, 2008

Paulão da Viola

No post anterior eu falava dos preços nababescos dos espetáculos aqui em BH. Pois bem, graças a uma promoção surpresa de um jornal daqui, conseguimos ir ao show de Paulinho da Viola. Ele continua um Príncipe do Samba. Eu sei que esse título está batido, mas ele é mesmo. Não tenho culpa.
O show tinha como base o repertório do DVD/CD Acústico MTV. Já falei também deste formato e o que eu acho dele. Mas, vamos ao show.
Paulinho começou, com meia hora de atraso (assunto pra outro post esses tais atrasos), sozinho na introdução de Timoneiro; e eis que as cortinas se abriram e a banda atrás dele se revelou. Mágico.
Eu já tinha ouvido algumas críticas a respeito do som do Chevrolet Hall e confesso que ainda não tinha dado ouvidos a elas, pois meu último show lá foi dos meus queridos Los Hermanos e o som estava bacanésimo. Mas no show de Paulinho eu dei razão aos críticos. O som começou péssimo e desastroso e chegou ao meio do show ruim. Agora, eu não sei se eu achei que ficou menos péssimo o som porque melhorou um pouco ou porque a gente se acostuma até com coisa ruim. Vai saber...
O que eu sei é que, bem no meio do show, valeu o ingresso a execução de Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida. Ao final dessa canção maravilhosa, Paulinho foi aplaudido de pé por aquele povo de meu Deus. Lindo e arrepiante.
Paulinho fala pouco com o público, mas de forma bem pausada e calma. Talvez venha dessa calma a tão falada elegância do moço. Pediu desculpas por ter que afinar o violão toda hora que o pegava, pois ali no palco estava muito quente e as cordas, vocês sabem cumé...
Enfim: mais uma vez, já era de se esperar, como todo mundo sabe, já não é novidade, o show de Paulinho foi de uma beleza inspiradora. Arrepiante a execução dos clássicos do músico e as canções menos famosas também. Um estudo sobre o que é o samba e sobre o que ele deve ser.
Mas, e sempre há um MAS:
Na minha humilde opinião, Paulinho, no bis, fechou bem o show, retomando a resolução cênica do começo, com Timoneiro. Mas - e falo isso como público, sedento de catarse -, devia ter encerrado o show "pra cima". Depois de Timoneiro, ele bisou Talismã, aparentemente a "música de trabalho" do novo DVD/CD, parceria dele com Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Se tivesse bisado Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida, sairia mais consagrado ainda do palco. Mas, isso é só opinião...
Duas coisas ficaram muito pra mim:
1. Ainda acho o Palácio das Artes o palco mais nobre da cidade, em todos os sentidos.
2. Mesmo com som ruim, Paulinho da Viola é muito foda.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.

2 Comments:

Blogger Thaís Pacheco said...

Diferente de vossa senhoria, minha presença no Chevrolet Hall gira na média de uma vez por semana.
Que Paulinho não nos ouça, mas te digo: O PIOR SOM DE TODOS OS TEMPOS!
Nem no show dos Hanson, que só tinha 12 pessoas na platéia, o som ficou tão ruim (quanto mais lotado, melhor a acústica).

Desesperador!

Não sei onde vc estava, eu estava lá no fundão. Praticamente do lado do cara que cuida do som e do cara que cuida da luz: como eles não perceberam???

Enfim...
Mas teve uma coisa que me fez muito feliz: a voz do cara.
Acho que foi a primeira vez na vida que eu ouvi alguém ao vivo e que a voz é igulzinha a do disco.

Impressionante!!!

O meu momento arrepio foi "Sinal fechado". Meus pelinho da perna todos levantaram e eu quase chorei!!!

6:40 PM  
Blogger Alex Manzi said...

Thaizona,

Eu estava na arquibancada, no lado direito, atrás, perto do lugar que ocê ficou. Eta povo que fala, né?

O som começou péssimo e terminou horrível. Talvez o cara do som percebeu mas não podia fazer nada, pois, pelo visto, a acústica do local é assim mesmo.

Sinal Fechado, ao lado de Pecado Capital e Eu Canto Samba, foi momento-arrepio pra mim também.

Mais uma vez, valeu a visita.

Beijo.

4:33 PM  

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