Los Hermanos

Quando os Hermanos disseram em seu site que estavam parando por tempo indeterminado eu fiquei um pouco triste. Sim, pois admirava e ainda admiro por demais o trabalho dos meninos. As letras instigantes, os arranjos cuidadosos e a sonoridade retrô até hoje me chamam muito a atenção.

Mas, depois de um tempo, pensei bem: talvez seja melhor assim. Não, queridos leitores, não existe uma síndrome-poliana nesse meu comentário. Aliás, ele é mais pragmático que tudo. Explico: o repertório dos Los Hermanos era composto por músicas compostas por Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, individualmente. São raras as parcerias nos discos oficiais; pra ser mais exato, três: A Flor, Retrato pra Iaiá e Mais Uma Canção, todas do disco Bloco do Eu Sozinho. Pelo menos eles não tiveram a péssima idéia dos Bítous de assinar tudo junto, mesmo tendo feito separado. Acho que Roberto e Erasmo também fazem isso...

Bem, o bom disso tudo é que teremos, separados, DOIS Los Hermanos, minha gente, já que tínhamos dois compositores independentes de qualidade na banda. É claro que não tiro o mérito dos outros dois hermânicos (Bruno Medina e Rodrigo Barba) na composição dos arranjos. Mas teremos as canções brilhantes de Camelo e Amarante soltas por aí, cada qual com o seu disco (assim espero).

Já travei contato com composições novas dos dois, no myspace ou baixando pela net. Eu destaco Evaporar, de Amarante, que é linda e tem aquele teor melancólico que tanta gente odeia/aprecia em música.

Então, Los Hermanos voltando ou não, os fãs saímos no lucro. Evoé!

Ósculos e amplexos para quem for de.

Alex Manzi.

p.s.: abraço grande pro amigo Marcus Aranha Céu, que ama Los Hermanos e detesta Beatles. Ou não.