mancheia

"Livros, discos, vídeos à mancheia! E deixe que digam, que pensem, que falem..."

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Os meus ótimos amigos e suas histórias maravilhosas...

Lembrei-me de alguns diálogos bacanas que realmente aconteceram. Em alguns estou envolvido, em outros não. Para não comprometer a identidade dos amigos, resolvi trocar os nomes das pessoas (isso quando citei os nomes). Mas os meus mais sinceros parabéns a todos os envolvidos pela verve que demonstraram no momento.
I.
Ele, com a namorada, dentro do carro.
Ele: Amor, escolhe um cd aí e coloca pra gente?
Ela, depois de fuçar no porta-luvas: Mas aqui só tem Beatles e Chico Buarque!
Ele: Ué, precisa de mais?
II.
Amigos numa mesa, tomando umas e assistindo ao show de um outro amigo.
Um deles, pra Ela: E qual a sua banda preferida?
Ela, sem pestanejar: A banda do Chico Buarque.
III.
No dia seguinte a uma bebedeira churrascal, a turma se reencontrou para tomar o que tinha sobrado. Lembrando do estado anterior de um deles, Fulano pergunta:
- Cara, cê tava muito bêbado ontem. Como chegou em casa dirigindo?
A resposta:
- Nossa Senhora da Aparecida dirige muito bem.
IV.
Mesa de bar. E alguém resgata a história de que o Jorge (nome fictício, diga-se) tinha encontrado a Elis Regina na praia. Alguém que ainda não conhecia a história resolve arguir o tal Jorge (nome fictício, já falei!). Segue o diálogo.
Alguém: Mas, Jorge, onde cê viu a Elis Regina, bicho?
Jorge: Em Salvador. Não só vi como bati um papo com ela no quiosque em que estávamos.
Alguém: Mas foi quando isso?
Jorge dá uma pensada, batuca na mesa com a ponta dos dedos, olha pro alto como quem calcula ou faz alguma ligação de fatos com o tempo.
Jorge: Bicho, foi em 97... Não, não. 98 com certeza!
Alguém: 98? Só se foi numa sessão espírita, né, Jorge. A Elis Regina morreu em 82, bich!
Jorge ficou meio sem fala.
Depois ficou esclarecido. Ele realmente encontrou uma artista na praia. Ele só se enganou de Regina. Era a Regina Duarte.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Uma história musical muito bacana


A história a seguir aconteceu há uns 3 ou 4 anos. Não me perguntem porque decidi contá-la aqui só agora.

Gosto muito de Jazz. Não sou um entendedor, mas aprecio por demais esse estilo musical. Descobri o Jazz através de um LP comprado por um amigo na antiga Loja Mesbla, aqui em BH. O amigo em questão não era amante do Jazz, mas gostava de Música Instrumental. E gravou para mim a obra em fita cassete.

Ouvi aquele disco de capa linda e fiquei pasmado com aquele novo mundo musical. O disco se chamava The Night, do trompetista Allan Botschinsky, e a capa, para mim, lembrava Van Gogh. Pelo menos na época lembrava. Hoje, não. Mas na época sim. Fiquei impressionadíssimo com o mundo que se desvelava para mim naquele momento. Os sons, as sensações e os etceteras me ajudaram muito no ecletismo que mostro hoje.

O tempo passou (e passou muito!) e não tive mais contato com aquele disco. Desde a Era Mesozoica da internet tentei encontrá-lo, sem sucesso. Nem pra comprar! Até que achei o site do Allan Botschinsky. Esqueci de dizer que o moço é Dinamarquês e o site estava em sua língua pátria. Por sorte, havia a opção do site em inglês com o contato.

Enviei um email contando essa história e dizendo o quanto o disco era importante para mim. Queria saber onde poderia encontrar aquela maravilha. Confesso que escrevi sem muita esperança de obter resposta.

Mas a vida é uma lindeza em vários momentos. E, dois dias depois, a esposa do Allan me respondeu, dizendo que gostava muito do Brasil, que tinha amigos em São Paulo e que aquele disco era, da obra do Allan, um dos preferidos dela. E mais: pedia o meu endereço para mandar o CD de presente para mim. Não é lindo isso?

O CD que chegou não veio com a capa original. Era outra capa, mas a mesmíssima obra, que até hoje me toca profundamente. Além do CD, uma bela frase e o autógrafo mui carinhoso do próprio Allan Botschinsky.

Eu adoro esta história e, sempre que posso, conto. Se se encontrar comigo numa festa, evite o assunto Jazz. Porque, se eu estiver emocionado pelo teor etílico, fatalmente vou repetir essa odisseia pra você.

É, às vezes sou chato mesmo. Mas a história é uma lindeza. Né não?

Ósculos e amplexos para quem for de.

Alex Manzi.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Encaminhando e Desencantando 2

Já escrevi aqui sobre isso. Mas resolvi revisitar o assunto, por conta de um comentário que postei em um blog (cujo nome não lembro, sinceramente). Falo, novamente, sobre os textos que circulam impunemente pela internet. O blog apresentava um suposto texto de Luis Fernando Veríssimo falando sobre o Big Brother. Transcrevo o meu comentário aqui:

Primeiramente, gostaria de dizer que está me cansando na internet essa avalanche de textos que são apócrifos e têm sua autoria impingida a autores consagrados como o Veríssimo, Shakespeare, Jabor e, agora, a bola da vez, Chico Xavier.

Não entendi porque o blog colocou como título que o texto é do Veríssimo em letras garrafais para dizer láááá embaixo, em letras miúdas, que não existe confirmação sobre a autoria.

Alguém disse nos comentários que não importa se o texto não é do Veríssimo. Eu digo que importa sim. Pois nessa terra-de-ninguém chamada internet não se pode permitir uma atitude desse tipo, de colocar palavras na boca/pauta de quem nem sabe que o texto existe.

O perigo disso tudo não é nem a existência de um programa como o BBB, sobre o qual não versarei aqui, mas a ignorância sendo difundida justamente dentre aqueles que acreditam não serem ignorantes. Deve haver muita gente que é fã de Shakespeare, Fernando Pessoa e Luis Fernando Veríssimo sem nunca ter lido Macbeth, O Livro do Desassossego e A Velhinha de Taubaté, mas achando que lê tais autores recebendo e-mails e textos com autorias atribuídas a esses mestres.

Sobre isso, já há algum tempo, escrevi em meu blog. Os interessados serão mui bem-vindos: http://migre.me/3Mjdz

Um grande e fraterno abraço a todos.

Alex Manzi.
Queridas e Queridos, o meu primeiro texto sobre isso data de 5 anos atrás. E nada mudou. Ou tendo a pensar que piorou, porque já se perdeu o critério e a coisa está mais promíscua ainda. Triste isso. Por isso ainda leio o jornal impresso e sou fã de uma biblioteca pública e de uma livraria.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Para quem vai cedo demais, para quem está sempre presente.

Essa eu fiz pra Beth, que resolveu nos deixar cedo, e pra nossa turma, que tá sofrendo com a perda. A minha singela homenagem a ela e às amizades que, mesmo distantes, permanecem.

Vamos chorar.
Mas chorar abraçados
Porque os dados, lançados, não voltam mais.

Vamos tentar.
Mas tentar com afinco
Porque seis, quatro, ou talvez cinco, não vão virar o barco.

Vamos seguir.
Mas seguir sempre juntos
Porque Saudade, mesmo doída, mesmo linda,
Mesmo da Vida,
Tem que ser dividida.


Ósculos e amplexos para quem for de.

Alex Manzi.