mancheia

"Livros, discos, vídeos à mancheia! E deixe que digam, que pensem, que falem..."

quarta-feira, agosto 16, 2006

O naufrágio do Naufrágio

Como todo bom best-sellista, pego o gancho:
No último post, ainda que ligeiramente, falei de Robinson Crusoé. Para quem não conhece, foi o mais famoso náufrago de todos os tempos. Sim, foi ele quem moldou nossos costumes para com aqueles que viveriam desde então isolados em ilhas desertas, longe do fogo, do peixe frito e do calzone-delivery. Sem Crusoé, não haveria a noção de isolamento, da barba imensa e do costume ridículo de colocar o nome de um dia da semana num amigo recém-chegado.
Depois de anos de pesquisa (estou nessa desde 67), resolvi revelar ao mundo a verdadeira história de Robinson Crusoé. Sim, caríssimos leitores, pensem nisso mesmo: fomos ludibriados esse tempo todo. O que nos parecia uma verdade absoluta, inquestionável e redentora, não passa de invencionice. É claro que há muita coisa que continua sendo concreta na história passada de geração a geração. É óbvio que não fomos enganados em todos os detalhes, mas isso é coisa grave; sinto-me no dever de revelar o resultado de minhas pesquisas. Não quero, como detentor da verdade sobre o náufrago Robinson, me omitir e fingir que nada está acontecendo. Quanto a isso, caríssimos e assíduos, fiquem tranqüilos; não serei covarde, de jeito nenhum.
Não se pode admitir uma enganação que perdura pelos séculos, um embuste que insiste em regrar nossas vidas como verdade absoluta. Depois de ouvir toda a verdade, aí sim, o leitor poderá ESCOLHER entre ficar com a história contada e reinventada ao bel-prazer dos vencedores, ou abraçar a verdade revelada sem medo por pesquisas e fundamentos científicos plausíveis e palpáveis.
Como revelou levemente o post anterior, Crusoé resolveu ir para a ilha. Não houve acidente coisa nenhuma. O naufrágio é coisa inventada, criada pela imprensa e por outra instituição tão poderosa quanto, com interesses sórdidos nesse isolamento. Outra: não foi coincidência a escolha de Tom Hanks para o papel principal no filme "Náufrago". O que posso dizer é que o nome Thomas Hankermann não soaria muito estranho ao homem Robinson Crusoé. É só o que posso adiantar, sem entregar o segredo todo.
Resolvi divulgar essas verdades pelo meio mais palatável possível: através de um romance, um livro que mescla aventura, trama policial, personagens fictícios e tem como pano de fundo a revelação da real natureza/história de Robinson Crusoé. Em breve, não percam o lançamento do inédito livro de Alex Manzi, "O Código Crusoé".
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.

terça-feira, agosto 15, 2006

Ilha Deserta

Está tudo rigorosamente no mesmo lugar, desde o primeiro protozoário.

Sábio foi Crusoé; morou fora por livre e espontânea vontade.
A história do naufrágio é coisa da imprensa.