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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Acústico?

Li num blog ontem que o Skank adiou o projeto Acústico MTV e já está se dedicando a um novo de inéditas. Atitude bacana e artisticamente corajosa. Mas por que digo isso? Explico.
Bom, o formato acústico tem se tornado muleta para artistas com carreiras decadentes e até mesmo para lançamento no mercado de "produtos musicais". Para ilustrar muito bem isso, basta visitar algumas lojas de discos por aí (as poucas que sobraram): além das seções ROCK, SAMBA, POP, FORRÓ e outros, há a seção ACÚSTICO. Genducéu, ACÚSTICO não é um gênero musical, mas uma maneira de apresentar a música.
(Analisando grosseiramente, acústico seria tudo que não é elétrico, tudo que pode ser tocado sem a necessidade de amplificação. Portanto, o violão é um instrumento acústico, enquanto a sua irmã, a guitarra, é um instrumento elétrico. Agora, se a gente for analisar direitinho isso tudo, a partir do momento que ligou na tomada, deixou de ser acústico? Meu Deus, então nenhum desses discos aí na praça é acústico???)
Outra questão que me martela a cachola é o fato de artistas predominantemente acústicos lançarem acústicos. Ou seja, proposta artística inovadora ZERO. É só desculpa pra lançar um disco ao vivo com sucessos vários? Qual a diferença entre um disco "normal" de Zeca Pagodinho e um acústico dele, tirando a platéia?
Na minha mais que humilde opinião, interessante seria o acústico de bandas/artistas que têm, como característica de seu trabalho, timbres diferentes e às vezes avessos ao acústico. Exemplos? Radiohead, Pato Fu, Metallica, U2, Dream Theater, White Stripes, Lou Reed...
Fiquem à vontade, Queridas e Queridos. Comentários? Sugestões? Tratar aqui.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.
p.s.: o Skank faria um acústico interessante, mas acho que teremos que esperar até 2010. Problema não; eu aguento.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Não vi e não gostei.

É...
É com pesar e uma certa raiva que falo um pouco aqui hoje. Estou falando do novo filme de Tim Burton, Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. (Com esse nome comprido, devia ser título de samba-enredo; mas isso é assunto pra outro post)
Eu adoro o visual que Tim Burton imprime nas minhas retinas. Eu adoro a afetação não-afetada que o Johnny Depp confere a seus personagens afetados. E é exatamente por isso que estou com raiva. Por que o tal filme tinha que ser um musical, genducéu? Por quê???
Já deu pra perceber que eu odeio musicais. Eu não tenho a menor paciência pra isso. Não consigo enxergar um cara na fila do pão e, ao chegar a sua vez, o balconista começa a cantar e esboçar um leve sorriso:
- O que vai querer, senhoooooooooooooooooooooooooooooooooooooor??
Já entrando literalmente na dança, o distinto ensaia uns passos duros e responde, na bucha:
- Meio quilo de pão, acho que sim, acho que não. É no peso ou não???
Aí todos da padaria já estão dançando e, de braços pra cima, fazem o coro...
Eu acho isso um horror.
Eu sei que Burton e Depp não sabem que eu existo e não contavam com a verba do meu ingresso pra pagar o aluguel, mas me recuso a ir. E deixo aqui o meu protesto e minha frustração por esse filme ser isso: um... um... um... MUSICAL!!!!
Olhem nos meus olhos e respondam com sinceridade: onde vamos parar? É o fim do mundo como o conhecemos?
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.