Acústico?
Li num blog ontem que o Skank adiou o projeto Acústico MTV e já está se dedicando a um novo de inéditas. Atitude bacana e artisticamente corajosa. Mas por que digo isso? Explico.
Bom, o formato acústico tem se tornado muleta para artistas com carreiras decadentes e até mesmo para lançamento no mercado de "produtos musicais". Para ilustrar muito bem isso, basta visitar algumas lojas de discos por aí (as poucas que sobraram): além das seções ROCK, SAMBA, POP, FORRÓ e outros, há a seção ACÚSTICO. Genducéu, ACÚSTICO não é um gênero musical, mas uma maneira de apresentar a música.
(Analisando grosseiramente, acústico seria tudo que não é elétrico, tudo que pode ser tocado sem a necessidade de amplificação. Portanto, o violão é um instrumento acústico, enquanto a sua irmã, a guitarra, é um instrumento elétrico. Agora, se a gente for analisar direitinho isso tudo, a partir do momento que ligou na tomada, deixou de ser acústico? Meu Deus, então nenhum desses discos aí na praça é acústico???)
Outra questão que me martela a cachola é o fato de artistas predominantemente acústicos lançarem acústicos. Ou seja, proposta artística inovadora ZERO. É só desculpa pra lançar um disco ao vivo com sucessos vários? Qual a diferença entre um disco "normal" de Zeca Pagodinho e um acústico dele, tirando a platéia?
Na minha mais que humilde opinião, interessante seria o acústico de bandas/artistas que têm, como característica de seu trabalho, timbres diferentes e às vezes avessos ao acústico. Exemplos? Radiohead, Pato Fu, Metallica, U2, Dream Theater, White Stripes, Lou Reed...
Fiquem à vontade, Queridas e Queridos. Comentários? Sugestões? Tratar aqui.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.
p.s.: o Skank faria um acústico interessante, mas acho que teremos que esperar até 2010. Problema não; eu aguento.