Eu vou sabotar!
Sim, a exemplo de vários colegas blogueiros, tentarei falar sobre a volta d'Os Mutantes. Fiquei muito espantado com a notícia dessa volta. Mas porque fiquei espantado ainda não sei.
Duvido que tenha sido por dinheiro, pois acho que Sérgio e Arnaldo, durante todo o tempo em que estiveram à margem (no bom sentido), sempre foram autênticos e coerentes com a música que gostam tanto. Eles não precisariam disso.
Acho que Os Mutantes foram uma das mais importantes formações musicais do mundo. Sim, do mundo, pois até hoje vejo poucas bandas tão criativas, inventivas e virtuosas quanto eles. Naquela época (o primeiro disco data de 1968), mesmo com os parcos recursos de estúdio, conseguiram criar canções e desconstruir ícones e subverter clássicos. Ouçam Chão de Estrelas, do disco A Divina Comédia, por exemplo. E hoje em dia, vemos pouquíssimas bandas sendo tão ousadas mesmo na concepção de um disco, mesmo tendo à disposição tantos recursos, mesmo podendo gravar discos e mais discos em casa mesmo, só com o auxílio de um pc e um bom programa.
Reparem, caríssimos, que não usei o termo banda de rock pra defini-los. Isso porque considero Os Mutantes uma banda plural e seria injusto e ingênuo colocá-los em uma só gaveta. Como diria Lenine, eles faziam/fazem/farão MPB - Música Planetária Brasileira. É assim que gosto de enxergá-los e gosto de ver a música deles, que tanto amo.
Agora, não posso deixar de falar de Rita Lee. E vou falar mal! A minha antipatia a ela merece um post só pra isso. Aquele jeito forçado de querer ser diferente e parecer ser doidona me enerva um tanto. Chata e cansativa a menina, gente. Num tenho paciência com gente assim não. Depois que ela saiu, gosto só do trabalho com a banda Tutti-Frutti; uma banda competentíssima. Vai ver eu gosto mesmo é por causa da banda. O trabalho solo dela acho insosso, um popzinho diluído e cansativo, que me dá calafrios quando o violeiro do boteco começa: levava uma vida sossegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaadaaaaaaaaaaaaa... Brrrrrrrr!!! Os discos dela deviam vir com duas giletes ou com uma caixa de Plasil.
Acabei falando mais da genialidade d'Os Mutantes e da minha antipatia à Rita que propriamente da volta da banda. Isso significa, psicólogos de plantão, que não dei importância para o fato? Não sei ainda o que pensar disso tudo. Só achei infeliz a escolha de Zélia Duncan. Não consigo encaixar o (belo) timbre de voz dela nas (boas) confusões musicais de Arnaldo e Sérgio. Talvez mais uma ousadia desses meninos que nos deram tanto e que nos tiraram o chão de forma tão encantadora.
Evoé, Mutantes! Vocês são very nice pra chuchu.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Alex Manzi.