É, o Jô Soares voltou das férias na semana passada. E devo dizer que achei que voltou pior do que já era.
Desde priscas eras, quando eu assistia ao Viva o Gordo e depois ao Veja o Gordo que eu não entendia a antipatia que minha mãe nutria pelo balofo. Hoje eu compreendo. Jô é um dos piores entrevistadores da televisão e, diante de sua incapacidade como tal, diz que aquilo ali é um bate-papo, não uma entrevista.
O que muitas e muitas vezes me dá nos nervos é o que acontece com muita gente com quem a gente conversa: o assunto não rende. Incontáveis vezes, o "entrevistado" está adentrando por um aspecto interessante do assunto e Jô o interrompe, normalmente para fazer alguma piada com o que está sendo dito. Aí, o raciocínio se perde e Jô consegue evitar que o convidado brilhe mais que ele. Chega a ser patética a tentativa de Jô parecer popular, dizendo que conhece todo mundo que o "entrevistado" cita.
Jô age muitas vezes assim porque, penso eu, tem a cumplicidade de sua fraquinha platéia. E essa platéia aplaude demais e às vezes sem saber porque está aplaudindo (vide a entrevista com Diogo Mainardi). Em matéria de volume de aplausos só perde para a também chata platéia de David Letterman...
Na volta das férias, as piadas (até agora) conseguiram piorar. Sem falar na repetição daqueles arquivos pseudo-engraçadinhos que a gente se cansa de receber por i-meio. Ah, e tem também as tais "pérolas dos estudantes" que, na minha opinião, são inventadas e/ou adaptadas por quem manda.
(Acho que comecei a semana meio ranzinza...)
Como Jô entrevista famosos e não-famosos, posso um dia ser convidado para ir ao programa falar sobre as minhas pesquisas no ramo da Genética e/ou das minhas brilhantes realizações no campo da Engenharia Microbiológica Quântica.
Se isso acontecer, eu deleto este post, vou ao programa de sorriso largo e todos fingem que nunca leram minha rabugice. Conto com vocês.
Ósculos e amplexos para quem for de.
Beijo do Gordo.
Alex Manzi.
p.s.: em minha sempre humilde opinião, Marília Gabriela continua como uma das melhores entrevistadoras da televisão. E tenho dito.
p.s.2: alguém aqui leu os livros dele? O tal
Xangô de Baker Street até que dá, mas
O Homem Que Matou Getúlio Vargas eu achei horroroso. Não pensem que ele sabe daqueles fatos e contextos históricos não, viu? Ele tem uma equipe que pesquisa tudo aquilo. É o ego, Queridas e Queridos. É o ego...